Em pouco tempo você não precisará mais pagar caro para usar programas de escritório (como Word, Excel e PowerPoint), de arquitetura (como AutoCad) ou de tratamento de imagens (como o Photoshop), além de dezenas de outros, em seu computador. Especialistas em informática advertem que a tendência é que estas ferramentas fiquem cada vez mais baratas, podendo em muitos casos sair até de graça.
![]() Baixista da banda Mundo Livre S/A, Júnior Areia, trocou de vez os programas pagos por versões livres para obter mais segurança na criação das suas músicas. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A/Press |
Estas duas vertentes de desenvolvimento permitem que qualquer pessoa do mundo possa usar e abusar de programas para os mais variados fins. No caso do cloud computing, entretanto, os serviços podem até ser cobrados, mas custam pouco e ainda são atualizados constantemente - o que é bem melhor do que comprar um Word ou Windows, que fica atrasado a cada dois anos.É por isso que tanto o software livre quanto o cloud computing são consideradas alternativas para quem não quer cair na lábia dos programas piratas, que atrapalham o mercado e aumentam os riscos dos usuários.
Foi pensando em todas estas vantagens que o músico pernambucano Júnior Areia, baixista da banda Mundo Livre S/A, trocou de vez os programas pagos para criar as suas músicas por versões livres. "Eu comecei a usar as ferramentas como um desafio, pois achava intrigante que pessoas em diversos locais do mundo se reunissem, normalmente pela internet, para criar softwares comum a todos. Mas depois comecei a ver a filosofia por trás destas soluções, que além de gratuitas, travavam menos, ofereciam mais segurança e ainda combatiam os altos preços, e passei a usar ainda mais", conta ele, defensor do Linux há cerca de oito anos.
A verdade é que pouca gente sabe, mas existe um ou mais softwares livres para praticamente qualquer programa pago. De simples editores de textos e planilhas (como o BROffice, que substitui o Office, da Microsoft) até complexos sistemas operacionais (como o Ubuntu, concorrente do Windows).
Melhor: a grande maioria destas soluções pode ser baixada pela internet de qualquer lugar, em qualquer computador e usada sem limites. "Não vejo sentido você pagar por algo que tem disponível de graça, principalmente no Brasil, onde o consumidor não tem muito dinheiro para gastar com tecnologia. É claro que existem soluções mais complexas que nunca serão livres, mas a maioria das pessoas não usa estas ferramentas complicadas e pode optar pelos gratuitos", explica o gerente de novas tecnologias da IBM Brasil, Cezar Taurion.
Entenda - Software livre diz respeito a qualquer programa que tenha código aberto e que, consequentemente, pode ser modificado ou customizado por qualquer pessoa ou empresa. Este tipo de desenvolvimento começou a ser feito para concorrer diretamente com os softwares pagos, que ficavam sempre mais caros.
Contudo, com a popularização da internet e com a entrada de gigantes, como o Google, ocorreu aos poucos uma mudança de postura tanto dos usuários, que passaram a usar mais estas soluções, como dos próprios desenvolvedores, que começaram a ver este como uma nova possibilidade de mercado. "Estamos falando aqui de uma inteligência coletiva, com milhares ou milhões de profissionais em prol de um produto gratuito e que pode ser usado por qualquer um", diz o diretor da Fuctura Informática, Diógenes Souza Leão, que incentiva o uso e promove diversos treinamentos do sistema operacional Ubuntu.
Fonte Diário de Pernambuco
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